As pesquisas sobre células-tronco não desafiam somente cientistas e religiosos, mas jornalistas também. Para as informações sobre esse tipo de pesquisa chegarem até as pessoas, os jornalistas precisam entender a complicada linguagem dos cientistas, driblar os interesses das empresas jornalísticas e farmacêuticas e tentar passar por cima da falta de acordo ético sobre as pesquisas.
Na questão das células-tronco a discussão passa pelo conceito do indivíduo sobre o que é vida. A mídia tem se posicionado favoravelmente, a respeito das pesquisas sobre as células-tronco. Porém, tem-se falado muito pouco sobre esse assunto e a sociedade em geral não tem noção a respeito do que venha a ser célula- tronco. Então, tem dificuldade de pensar eticamente sobre esse assunto.
O sensacionalismo da mídia deixa os cientistas temerosos. Os cientistas contam com a divulgação, querem a veiculação, mas sabem que são muitos os erros que saem na mídia.
Apesar de toda a confusão, é a mídia que pode ajudar a sociedade a ver os pontos positivos das pesquisas com células-tronco. Basta à sociedade ficar atenta, para que os economicamente mais fortes não usem os meios de comunição de acordo com seus interesses.
A mídia, em geral, é a favor das pesquisas, entretanto, questiona a necessidade de se utilizar as células de embriões. Será que haveria outra alternativa eticamente menos polêmica?
Bruno Baptista
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